Falta-me o tato social? Dei agora para empacar com o óbvio. Mesmo mascarada entre bits recursivos a inaptidão me assombra.
Tenho lido contemporâneos, gente como a gente, com o perdão do bordão lúdico. Daí o ceticismo ficou cínico, esfregando na minha cara que essa solidão foi travestida em vaidade.
Outro dia fiquei todo todo. Descobri que Nick Drake chupava também drops de amitryl... Aquele girafo e suas túnicas de areia!
Acharias incrível como farmacêuticos fazem vista grossa nesse lado do Rio, hoje fui renovar meus votos no rito pós moderno, consegui duas caixas a mais, mesmo explícita a receita para uma de cada, isso me recorda como patologias psíquicas são cada vez mais nicho especulativo para investimento e acúmulo de capital. "Vai, anedônico, hoje é promoção!"
Outro dia li algo num blog literário daqui, mas de lá da terra de Mario de Sá, o poema dissertava jocoso sobre a visita de dois Baudelaires, achei graça demais, mesmo o Brasil não tendo dissabores e mágoas de picuinhas com a França, claro que periga da gente cair no chiste anacrônico, veja que amo os portugueses, e sua propensão não rara de mamar nas bolas da xenofobia não diminui em nada o alto teor de intelecto etílico-heroico que nos falta tanto, estamos ocupados demais contando moedas para o pão.
Dasatei a vociferar aleatório, para bem do tema central abandonado era melhor que eu fosse mudo.
Outro dia pensei que devia ter uma cartilha para expor nossas linhas de interpretação, minha mutação impede de perceber nuances no elogio que dou e que recebo, malfeita a genética propensa ao binário - é literal ou escárnio? Na dúvida fico com o lógico talvez.
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